22/06/2008

41º Circuito Dolce Vita de Vila Real

Foi com grande entusiasmo que os vila-realenses assistiram este fim-de-semana, 21 e 22 de Junho, ao 41º Circuito Automóvel Dolce Vita de Vila Real.
Para receber a edição deste ano foram efectuadas obras de melhoramento da pista, onde o piso foi substituído quase na totalidade, diminuindo assim o atrito e outras irregularidades, com vista, num futuro próximo, à internacionalização das corridas. Daqui resultou um investimento de aproximadamente 500 mil euros, do qual foi estimado um retorno de 1.3 milhões, com destaque para o aumento de receitas na hotelaria, restauração e comércio.

Lembro que as primeiras corridas no circuito transmontano realizaram-se em 15 de Junho de 1931, incluídas no programa das festas da cidade e, na altura, para ajudar à concretização do projecto foi criado na cidade um "imposto" de quatro tostões cobrado por cada quilo de carne, ao qual a população aderiu de bom grado.
O Clube Automóvel de Vila Real (CAVR) e a Câmara Municipal de Vila Real promoveram este regresso das Corridas, com um programa que integrou 11 corridas, de seis competições diferentes. Quase duas centenas de pilotos, nove dos quais estrangeiros, disputaram provas para o “Campeonato de Portugal de Circuitos”, “Campeonato de Portugal de Clássicos”, “Clássicos 1300”, “Campeonato de Portugal de Resistência”, “Challenge Desafio Único” e, a título extra, a “Corrida 30 anos CAVR” (Clube Automóvel de Vila Real), aberta a carros de Turismo construídos entre 1982 e 1990. O custo dos bilhetes variou entre os 15 (sábado), 20 (domingo) e os 30 euros (dois dias), para os cerca de oito a nove mil lugares disponíveis nas bancadas construídas ao longo da pista.
O primeiro dia de corridas foi inteiramente dedicado às sessões de tempos livres e aos treinos cronometrados, para que, no dia seguinte, todos estejam a postos para as competições propriamente ditas.
O circuito abria domingo, dia 22, com a prova do “Campeonato de Portugal de Resistência”, onde as viaturas Caterham predominavam. No final, não seria um Caterham a cortar a meta, mas sim um Juno SSE, conduzido por Pedro Salvador. A seguir, seria a vez dos Fiat Uno 45 a entrar em pista, com a prova “Challenge Desafio Único”. A corrida decorreu com bastantes percalços e foi necessária a intervenção constante do Safety Car, para este interromper a corrida, já que vários veículos sofreram acidentes ligeiros. No desfecho, António Areal qualificou-se em primeiro lugar, tanto na 1ª como na 2ª manga.
Após atrasos constantes devido á prova anterior, o “Campeonato de Portugal de Circuitos” chegaria tarde mas em força, com destaque para o Seat Leon de Francisco Carvalho, que venceu sem surpresas a sua categoria.
O “Campeonato de Portugal de Clássicos - 1300” entrava em pista na parte da tarde e levaria ao pódio Paulo Lagoa, com um excelente desempenho no seu Fiat Coupé SL.
Ainda nos clássicos mas agora numa categoria mais elevada (“Campeonato de Portugal de Clássicos - Circuitos”), António Barros, com o Porsche 911, não só garantia o 1º lugar na primeira etapa desta prova, como também deixava toda a concorrência a léguas de si, logo primeiras voltas. Porém, na segunda corrida da mesma competição, o Porsche de António Barros não possibilitou que este continuasse em pista e permitiu que Joaquim Jorge, com o seu Ford Escort, cortasse a meta em primeiro.
Para o final do dia estava reservada uma prova comemorativa dos 30 anos de CAVR, em que o Toyota Corolla de António Rodrigues saiu vencedor, após vários choques e sucessivas desistências dos seus adversários.
Um balanço positivo para esta última edição do “Circuito de Vila Real”, onde, ao contrário do praticado no passado, a segurança é predominante e a organização acaba por ser merecidamente boa.

Filipe Ribeiro

3 comentários:

Anónimo disse...

Foi lindo foi, agora la vamos gramar mais uns tempos de rails e tal, confusão e tal.

Mas pronto, enfim... o investimento foi SÓ de 500 mil euros...pouco, isso são trocos.

Pena esta cidade não ter mais TROCOS para investir nas aldeias que a rodeiam, em empresas, tecnologia, acessos, e por ai fora. É muito melhor investir em asfalto.
O retorno é excelente, para alguns, para outros enfim somos reféns dentro da nossa própria casa.

Desde já agradeço a atenção e carinho que o CAVR, Câmara e restantes prestaram a TODOS os habitantes desta cidade.

Para o ano não me apanham, saiu mais cedo de casa e so volto quando acabar, para não correr o risco de ficar retido em minha própria casa

Filipe José Fontoura Ribeiro disse...

É Verdade! mas valeu a pena todo este transtorno para assistir a todo este evento! fica bem

O Administrador

José Carlos Leitão disse...

Claro que ha sempre contestatários em qualquer actividade realizada pelo CAVR, em colaboração com a Camara Municipal e Claro o maior patrocinador que o Centro Comercial Dolce Vita. Se ficou refem em casa?acho q ja ninguem fica, existiam saidas para todos os moradores e tal..
qt ao asfalto é uma obra necessaria e tal e como a Camara Municipal é neste momento uma identidade com orçamento próprio de acordo com a lei das Finanças locais, nesse sentido foi o governo q tb patrocinou as corridas e como contribuinte voce tb contribuiu para as corridas... como o mundo é pequeno..